terça-feira, 14 de junho de 2011

Relações Raciais IV

Relações Raciais IV
Marislei Carias
Escola Municipal Guarujá
Quando pensamos que a questão racial já foi superada, surge um novo elemento para alimentar a polêmica. O preconceito está presente nas relações humanas desde a mais remota história da Humanidade. E não adianta negar, mesmo depois da lei que criminaliza atos de discriminação é comum que negros ainda sejam tratados com inferioridade. Afro-brasileiros revelam um número assustador, o rendimento familiar médio dos brancos é de 2,64 salários mínimos, já o dos negros não passam de 1,15 salários mínimos. Informações como essas fazem lembrar que a condução do negro no Brasil continua crítica.
No Brasil, a prática do racismo constitui crime inafiançável, com pena que varia de um ano e 2 meses a 3 anos, mas não é bem assim que as coisas acontecem. "Os poucos condenados entram com recurso e tudo acaba em cestas básicas ou no pagamento de um salário mínimo". Segundo o advogado, o grande problema é provar que houve discriminação.
O preconceito nada mais é do que a imitação de conceitos dos pais, professores e amigos que já têm essa visão cristalizada. "Ninguém nasce racista, aprende a ser, mas isso não é justificativa para julgar e condenar as pessoas pela cor da pele. Uma professora negra, de inglês, que, em 1970, registrou queixa contra uma aluna menor de idade que a agrediu verbalmente. Em conversa com os pais da garota, ela confessou que teve tal comportamento inspirado no pai, que tinha um chefe negro e não aceitava. "É preciso construir seus próprios conceitos e não repetir o que foi ensinado no século passado.
É o aluno quem constrói seu conhecimento, para tanto o professor deve ter uma atitude mediadora entre o objeto do conhecimento e o aluno, incitando-o a agirem ativamente e analiticamente neste processo de relações reais nas diversidades humanas qual o objeto está inserido no dia a dia na escola e em sala de aula. Com isso o professor deve ter em vista para sua prática a criação de situações que desperte o interesse do aluno para a ação - tendo a disposição objetos e elementos para que possam ser fornecidos subsídios ao aluno, para a superação desta contradição entre o negro e o branco em seu cotidiano. O professor poderá utilizar estratégias, coerentes com a metodologia dialética, como, por exemplo, seminários, debates, pesquisas, dramatizações e trabalhos em grupo - este deve voltar para o processo e não para o jogo de opiniões. Estas atividades delegadas ao aluno devem propor reflexões, análises sobre atividades trabalhadas com relação às diversidades humanas.

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